deixa que tudo te aconteça: a beleza e o assombro *
* rainer maria rilke, in Livro das Horas fotografia do jp, skogafuss, perto de vik, islândia
3 comments:
Anonymous
said...
DAS COISAS QUE DIZES
A serenidade do teu ser Sabe ao sal que o mar conserva E desperta os sentidos; Soa a solidão solene, A beleza, a assombro, Tudo salteado com laivos De uma inocente racionalidade.
Sem saber Pacifica o meu sangue tempestuoso.
Continua a ser e a estar Todos nós te agradecemos.
Quem, se eu gritasse, me ouviria de entre as ordens dos anjos? E mesmo que um me apertasse de repende contra o coração: eu morreria da sua existência mais forte. Pois o belo não é senão o começo do terrível, que nós mal podemos ainda suportar, e admiramo-lo tanto porque, impassível, desdenha destruir-nos. (...)
R. M. Rilke (As Elegias de Duíno | Primeiros versos da primeira elegia)
3 comments:
DAS COISAS QUE DIZES
A serenidade do teu ser
Sabe ao sal que o mar conserva
E desperta os sentidos;
Soa a solidão solene,
A beleza, a assombro,
Tudo salteado com laivos
De uma inocente racionalidade.
Sem saber
Pacifica o meu sangue tempestuoso.
Continua a ser e a estar
Todos nós te agradecemos.
isso é porque ele viveu no Castelo de Duíno!
Quem, se eu gritasse, me ouviria de entre as ordens
dos anjos? E mesmo que um me apertasse
de repende contra o coração: eu morreria da sua
existência mais forte. Pois o belo não é senão
o começo do terrível, que nós mal podemos ainda suportar,
e admiramo-lo tanto porque, impassível, desdenha destruir-nos.
(...)
R. M. Rilke (As Elegias de Duíno | Primeiros versos da primeira elegia)
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