sonhei com telhados encarnados e pés que os saltavam de hora a hora. éramos nós a fugir das narrativas: eu de meias rotas e tu de pés descalços e sujos, elas vestidas de princesas, insistentemente atrás de nós, de redes nas mãos e pesadelos às costas. apanham-te e gritas, enquanto eu morro exponencialmente rápido. cada vez mais rápido. mas a morte eclipsa-se para trás do infinito. e então corro para casa e deixo a porta aberta. monto as armadilhas, escondo-me na velhinha caixa de sapatos e espero por ti. o narrador a nós não nos apanha.
no meu sonho abri-te a porta, mas saíste pela janela.
1 comment:
gosto deste texto. boa criação. fui ver o ponto de partida. muito bom apontamento, joana.
ps: não ando cabisbaixo. considero o pavimento muito fotogénico e vou observando e registando. grato pelas tuas visitas e comentários.
cumprimentos.
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