Retiro do meu bolso
Tudo o que disse
E dou ao sapo para comer.
Assim não tenho hipótese de o voltar a dizer.
Mas lá vais tu à boca do anfíbio
Retirar palavra por palavra
Do que eu não deveria ter dito
E dizes tu.
O que esta coisa do jogo dos espelhos me diz
É que dos meus bolsos
Nasciam rosas… verdadeiros bouquets
De aromas pestilentos e
húmidos como os vestidos de verão
que já não uso.
Tudo empacotado, arrumado
Por cores,
Alinhado por números
Férteis e tamanhos gentis
E vultos e nódoas e postais de Paris.
Porquês indefesos com medo da rua e da gente
Saltam para o meu bolso
À espera que os vás responder.
“E por onde é que vais começar?”
(diz o killer sentimental)
Saturday, August 27, 2005
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