Nada sumarenta a sensação de fim.
Hoje, no meu corpo,
nadam restos liquefeitos pelo passar das horas,
correm vinganças furiosas, envergonhadas,
e saltam medos pontiagudos
que me furam a pele
e deixam à mostra o meu atrevimento.
Qual D.Quixote doente das leituras
levanto-me, e de dedo no ar
pergunto se o baile já começou.
Insisto, sempre.
Existo, às vezes.
Persisto,
Resisto,
Desisto.
Com isto, com aquilo,
Com tudo me prendo.
Aos poucos varrendo.
A nada me rendo.
Antes fosse…
Sempre os lenços brancos a dizer:
- Tens razão!
E lá vem o silêncio de avental
Limpar os restos que sobraram da sobremesa
(sobretudo chocolate).
Friday, August 12, 2005
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1 comment:
Esse doce companheiro
nas amargas horas que teimam em não passar.
Passar por cima do pensamento,
da tristeza,
do ódio,
da raiva que é o amor.
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